segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Recital Natalino e Bodas de Ouro - Taquara e Canoas


Domingo, dia 16 de 12, na Igreja da IECLB de Taquara, nós estivemos participando com nossas canções do Recital Natalino promovido por essa Igreja ... foi uma noite inesquecível pelo carinho, pela alegria e pela espontaneidade dos diferentes grupos que lá se apresentaram ... foi realmente uma festa da 'Família dos irmãos que acreditam em Jesus e na sua mensagem'  ... obrigado pela alegria que nos oportunizaram  ... 


Dia 19 de 12, em Canoas, na Igreja São Paulo, foi celebrada a festa de 50 anos de ordenação sacerdotal dos irmãos padres Verno Weber e Querino Weber. Pe Querino foi mestre de noviços nos anos de 1968, 69, 70, 71, 72 ... nesses anos Wilson e Danilo foram noviços sob a orientação do Pe Querino ... Participamos da celebração com  nossas canções ... fomos muitíssimo bem recebidos ... gostarm do nosso trabalho e das nossas canções ... valeu ... 

Relembrando ... nosso 3º CD já está masterizado e será produzido a partir de fevereiro ... esperamos tê-lo em mãos a partir do início de março para apresentá-lo aos nossos amigos e amigas ...  estamos também construindo nosso site ... breve faremos divulgação desse nosso novo endereço ... então poderão ouvir nossas canções via site ... que o Natal  e o ano de 2013 sejam muito abençoados ...

                       Foto Wilson - Presépio em frente à Igreja Santa Teresinha - Campo Bom

Um abraço e votos de Feliz Natal dos Irmãos Schlickmann ...com muito carinho de todos nós para todos vós ... e que o Menino Jesus e sua Mensagem consigam nascer cada vez mais fortes no coração de todos nós ... Noite feliz, noite feliz ... continue cantando conosco... ó Jesus, Deus da luz ...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Irmãos Schlickmann em Novo Esteio e Santuário Pe Reus

               Como é bom e abençoado encontrar-se!
 
Quando os ideais de vida e o que motiva as pessoas a viverem são partilhados e quando se percebe que a razão fundante desses ideais de vida e motivos existenciais se encontram na pessoa de Jesus, são mais abençoados esses encontros. No Santuário Pe Reus muitos são os sentimentos que já nos unem.


O grande 'novo' desse fim de semana foi o Novo Esteio. Zuleica, parabéns! 
Para nós Irmãos
foram muito abençoados esses
momentos que convivemos com você,
Zuleica, e com esse teu grupo de
lideranças da comunidade
Nossa Senhora Aparecida.

Comunidade Nossa Senhora Aparecida, de Novo Esteio, obrigado pelo carinho, pela acolhida. Que Jesus seja cada vez mais inpsirador de encontros!

...Que o Natal nos faça caminhar para mais 'mãos dadas'!

Uma das minhas flores, cultivada com carinho, para todos vocês.

 Um grande abraço dos Irmãos Schlickmann

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Igreja de Cristo - texto para reflexão - José Wilson Schlickmann



O canto e a música nas Celebrações da nossa Igreja

I.   A Igreja de Jesus Cristo, segundo a Lumen Gentium

01. Introdução. A nossa Igreja, no Vaticano II, através do documento conciliar ‘Lumen Gentium’, diz e acredita que Cristo é a luz dos povos e Ela (igreja), ao anunciar o Evangelho a toda criatura, deseja iluminar todas as pessoas com a claridade de Cristo, cujo rosto precisa resplandecer na face dessa mesma Igreja que anuncia, isto é, o rosto de Jesus precisa ser o rosto dessa nossa Igreja. E n’Ela, sempre que celebrada a memória da ceia de Jesus com seus discípulos, celebra-se o sacramento do Pão Eucarístico para a unidade dos fiéis, vindo a constituir um só corpo em Cristo. Assim como no corpo humano muitos são os membros, com suas respectivas e importantes e indispensáveis funções, também na Igreja de Jesus, muitos são os dons, as funções, as necessidades e as responsabilidades mútuas entre os que a integram.

02. Vocação da Igreja/Discípulos. Dessa realidade decorre a compreensão sobre a grande vocação de todo o povo cristão que é a de viver unidade com Cristo e em Cristo, presente na Igreja, encorajados e animados pelo Espírito Santo. Essa necessidade de fazer-se corpo, de ser grupo, de as pessoas serem vocacionadas para viver unidade/comunhão com Cristo e com os irmãos é facilitada pela presença do Espírito Santo, iluminando a todos na busca do melhor jeito de viver, no aqui e agora de todos os dias e lugares, a proposta do Reinado de Deus, anunciado e testemunhado por Jesus. Colocar-se a serviço da implementação do Reinado de Deus é a grande vocação comum a todos, tanto da hierarquia, quanto dos demais membros dessa nossa Igreja. Portanto, o parâmetro, o critério ou o referencial para as eleições, escolhas e decisões de todos os membros da Igreja são sempre os valores propostos por Jesus.

03. A Igreja no coração do mundo. O lugar próprio para viver a experiência de Igreja fiel à proposta de vida anunciada e testemunhada por Jesus é o mundo no qual cada um está inserido; esse é o lugar próprio, é o único que se tem. Isto porque sempre se vive num ‘aqui e agora’ concretos. É nesse mundo, nesse lugar e tempo específicos e respectivas circunstâncias, que homens e mulheres têm para viver, trabalhar, orar, festejar. É dentro ou de dentro, com essa e/ou a partir dessa realidade, com toda a intensidade de vida nela existencializada, que as pessoas vão construindo seus sentimentos, suas compreensões, seus quefazeres, suas conversões e é nela e com ela que também irão fazer suas orações, suas celebrações, suas festas.

04. as Celebrações e os respectivos Ritos. Numa festinha ou celebração de aniversário sempre se tem um aniversariante, sujeito centro da celebração/comemoração. E essa celebração de aniversário tem o seu ritual próprio, sob pena de não ser celebrado o ‘aniversário’ que se deseja celebrar. A celebração de um aniversário sem o momento do canto ‘Parabéns a você’ parece não ser um aniversário. Aquelas partes que são indispensáveis para que o fato seja ele mesmo são as chamadas partes intrínsecas ao evento e essas partes constituem o chamado RITO de uma celebração. Uma festa de comunidade obedece a mesma lógica; tem o padroeiro que precisa ser mencionado e/o lembrado e o rito próprio, que pode ser mais ou menos solene, com mais ou menos pessoas, com muitas ou poucas atividades, mas sempre tem um ‘esquema’, um jeito próprio. Da mesma forma, ainda, uma data de emancipação municipal ou de criação de um país. Essas datas têm sempre um sujeito e tem um ‘esquema’, um cerimonial/ritual que é observado, cumprido, próprio para essas celebrações/festejos.

No espírito e propósitos desse nosso Encontro sobre o Canto Litúrgico, a grande pergunta que permeia toda essa nossa atividade é ‘como nós cristãos católicos celebramos a vida, a morte, a ressurreição e a mensagem de Jesus Cristo que continua vivo e presente no Pão da Eucaristia e na memória dos que Nele crêem’?
           Cfr. Doc. Conciliar ‘Lumen Gentium” sobre a Igreja – Edições Paulinas – S. Paulo - 1965


II.   O Canto na Liturgia de acordo com a Sacrosanctum Concilium

01. Introdução. A tradição musical da Igreja católica constitui um tesouro de inestimável valor. Ocupa um lugar proeminente, principalmente porque o Canto Sacro, baseado em palavras, é parte integrante da Liturgia solene. A música sacra tem uma função ministerial importante no culto dominical. E a música sacra será tanto mais santa quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica, quer exprimindo mais suavemente a oração, quer favorecendo a unidade, quer dando maior solenidade aos ritos sagrados da Missa. A música sacra tem duas grandes finalidades que são a glória de Deus e a santificação dos fiéis (cfr 112 SC).

02. O lugar do canto e da música na liturgia. A ação litúrgica recebe uma forma mais elevada quando os ofícios divinos são celebrados com canto e neles intervêm os ministros do canto sacro e quando o povo participa ativamente. A SC recomenda que o tesouro da música sacra seja conservado e favorecido com suma diligência e que sejam assiduamente incentivadas as ‘Scholae cantorum’. Que os Bispos e pastores cuidem com diligência que toda a comunidade possa participar conveniente e ativamente das funções sacras realizadas com canto (cfr 113 SC). E que para promover a participação, trate-se de incentivar as aclamações do povo, as respostas, as salmodias, as antífonas e os cânticos, bem como as ações e gestos e, a seu tempo, seja também guardado silêncio (cfr 30 SC).

03. Formação Musical. A SC recomenda que se tenha grande preocupação com a formação e a prática musical nas escolas católicas e institutos de formação e aos compositores e cantores seja dada uma genuína formação litúrgica (cfr 115 SC).

04. Gêneros Musicais. O Canto gregoriano é marca tradicional da liturgia romana. Outros gêneros de música sacra não são excluídos, contanto que se harmonizem com o espírito da ação litúrgica (cfr 116 SC). É conveniente que se prepare a edição de músicas mais simples para favorecer a participação do povo (cfr 117 SC). O canto popular religioso seja inteligentemente incentivado, de modo que os fiéis possam cantar nos pios e sagrados exercícios e nas próprias ações litúrgicas, de acordo com as normas e orientações (cfr 118 SC).

05. Os instrumentos musicais. Tenha-se na Igreja Latina em grande consideração o órgão de tubos, como instrumento tradicional de música, cujo som pode acrescentar às cerimônias admirável esplendor e elevar com veemência as mentes a Deus e às coisas divinas. Outros instrumentos musicais podem ser admitidos ao culto divino, contanto que sejam adequados ao uso sacro, ou possam a ele se adaptar, condigam com a dignidade do templo e favoreçam realmente a edificação dos fiéis (cfr 120 SC). Importante é observar que as eventuais mudanças não podem comprometer a unidade substancial do rito romano e que estejam de acordo com o verdadeiro e autêntico espírito litúrgico desejado (cfr 37 e 38 SC). Se há a necessidade de mudanças, que as mesmas sejam feitas com muita prudência e que as mesmas ajudem na edificação dos fiéis (cfr 40 SC).

06. Dos compositores e suas produções. Imbuídos do espírito cristão, compenetrem-se os compositores que foram chamados a cultivar a música sacra e para aumentar-lhe o tesouro. Componham, porém, melodias que apresentem as características da verdadeira música sacra, e que possam ser cantadas não só pelos grandes coros, mas que também estejam ao alcance dos modestos e favoreçam a participação ativa de toda a comunidade dos fiéis. Os textos destinados aos cantos sacros sejam conformes à doutrina católica, e sejam inspirados e tirados principalmente da Sagrada Escritura e das fontes litúrgicas (cfr 121 SC). 
      
                Cfr. Doc. Conciliar ‘Constituição sobre a Sagrada Liturgia’ - Vozes 2ª edição – 1966


III.   Identidade dos Cantos Religiosos: Litúrgicos e Pastorais

Obs.: Segundo Frei Turra, ‘a música é serva da Palavra’; entretanto, ouso acrescentar: tudo o que for feito ou pensado para uma Celebração Eucarística deve fazer com que as pessoas a compreendam, vivam, curtam e interiorizem o Mistério da Encarnação de Cristo que acontece no gesto da consagração do Pão e do Vinho. A consagração faz o Cristo presente e vivo na comunidade que celebra. O ritmo, o volume, o tom dos cantos, das falas, das orações, dos gestos, a ornamentação, tudo deve favorecer à criação de serenidade, interiorização, devoção, intimidade com o Mistério celebrado. A ninguém que venha a presidir qualquer um dos momentos da Celebração Eucarística é dado o direito de se preocupar apenas em fazer com que os outros rezem e tenham sua intimidade com Cristo; ele mesmo que preside deve ser o primeiro a criar em si o espírito de oração, de devoção, de intimidade com o Mistério Celebrado.

1.      Tendo como pressuposto as compreensões acima apontadas, a Igreja, integrada por todas as suas comunidades, celebra sua vida, sua história, suas conquistas, sua caminhada, enfim, faz as suas celebrações na perspectiva de criarem sempre mais comunhão, tanto entre os membros que integram uma comunidade cristã específica, quanto comunhão com as demais comunidades cristãs católicas presentes mundo inteiro.

Celebração é festa e, a princípio, não há festa sem música, sem cantos. O canto e/ou a música não são enfeites, mas fazem parte constitutiva da celebração da festa eucarística. A presença da música e/ou do canto é intrínseca ao ato de festejar e de celebrar a eucaristia. Assim como os países têm o seu hino ou hinos, os estados têm o seu, um município o tem, as dioceses o têm e as comunidades, com seus padroeiros, também têm o seu hino. Em qualquer uma dessas festas a presença do hino é uma realidade necessária.

2.      As nossas canções têm origem nos seis primeiros séculos da Igreja, constituídos a partir de duas grandes vertentes: a salmodia e o hino. A Salmodia: dirigida e coletiva (contínua ou alternada); as intercaladas ou responsoriais e as formas variadas de antífonas que favorecem a escuta e a intercessão. Os hinos, nascidos no Oriente, propagam-se pela Europa, atingindo seu pleno amadurecimento com Santo Ambrósio no ano de 397 d.C. Por séculos esses cantos permaneceram com as mesmas características.

Com o Concílio Vaticano II aconteceu um sopro renovador nas nossas celebrações, na forma de conduzi-las e no jeito de o povo participar. O povo foi convidado para uma participação mais ativa e envolvente e, ao mesmo tempo, renovadora no jeito de celebrar. Com isso a realidade do povo passou a ser mais cantada, principalmente com a presença da Teologia da Libertação, provocando outras vertentes de cantos.

‘Entretanto, o tempo que vivemos hoje é um tempo muito delicado, pois se observa uma tentativa de retrocesso, quase que uma volta ao praticado antes do Vaticano II. A moda ‘retrô’ parece estar marcando grande influência também no comportamento de parte da nossa Igreja. Se, de um lado, é importante guardar os tesouros da tradição, de outro lado, entretanto, não se pode eliminar os avanços e as coisas novas que vão sendo criadas. Afinal de contas, o Espírito Santo continua soprando novidades aos que se dispõem a ouvi-lo’ (observação do autor desse texto).

3.      Hoje são reconhecidas duas modalidades de cantos religiosos: o canto litúrgico e o canto pastoral. O canto litúrgico é criado para um momento específico da celebração Eucarística ou da celebração da Palavra. Esses cantos, de preferência, têm inspiração direta em textos bíblicos. Os cantos Pastorais, por sua vez, são todos aqueles cantos de mensagem positiva, religiosa ou não, que possam ser utilizados em encontros e catequese, e em outras atividades e/ou encontros similares. Em algumas situações especiais, os cantos Pastorais também podem ser utilizados na celebração Eucarística. Significa, pois, compreender que todo canto Litúrgico é pastoral, mas nem todo canto Pastoral é litúrgico.

4.      A seguir, são apresentadas algumas orientações com a intenção de auxiliar a quem tem a função de escolher os cantos para as celebrações. Essas orientações fundamentam-se em documentos da CNBB e em diretrizes específicas sobre a presença do canto na Liturgia. Entretanto, não significa dizer que, em determinada celebração, não se possa fazer algo que não se encaixe exatamente com o que é recomendado abaixo. Essas normas querem apenas ajudar o povo a rezar e rezar bem através do canto, sugerindo o instrumento e o ritmo mais corretos no momento certo. Não se quer dizer que ‘tem que ser assim’.

Para isso é bom lembrar que o presidente da celebração e aqueles que a preparam devem discernir o que fica bem fazer ou não fazer em cada ocasião e/ou momento da celebração. O critério a ser levado em conta, pelos que preparam uma celebração, sempre deve ter origem numa resposta sincera, à seguinte questão: Desta forma que estamos pensando fazer vai estimular o povo a participar, vai ajudar o povo a rezar melhor, com mais devoção, vai provocar mais intimidade com Cristo?


IV.    Critérios para a escolha dos Cantos e respectivas Celebrações.

Essas orientações desejam ajudar no processo de fundamentação das escolhas dos cantos, bem como construir mais unidade em nossa caminhada de Igreja através das nossas celebrações. São fornecidas algumas ‘dicas’ que querem ajudar.

Procedimentos recomendados: 
* Escolher cantos, cujas letras estejam em harmonia com o texto/mensagem do Evangelho e/ou de uma ou outra das leituras propostas para o dia; 
* Dar preferência para os cantos cujas letras sejam inspiradas em textos bíblicos... ‘Cantai ao Senhor, bendizei seu amor’... ‘O Senhor é o meu bom pastor’..

Existem três tipos de letras:
A) Em primeiro lugar, dar preferência aos textos cujas letras são em si mesmas uma oração (letras orantes)... ‘Sabes, Senhor, o que temos é tão pouco pra dar’... Senhor, abra-nos os olhos e veremos a salvação’... ‘Senhor, meu Deus, quando eu maravilhado’... 

B) Em segundo lugar, os textos, cujas letras descrevem e/ou narram uma situação (letras descritivas)... ‘Tu vieste à margem do lago, não buscaste’... ‘Quem vê o sol nessa manhã, quem vê uma pouco mais de paz’... ‘Na comunhão recebemos do Pai’... ‘Irmão, é bom se encontrar’... 

C) Em terceiro lugar, os textos que buscam transmitir uma ideologia, uma maneira de pensar de um grupo (letras psicologizantes)... cantos identificados com um movimento ou uma pastoral específica... Não são recomendados para uma celebração Eucarística... São a última opção. 

-Preferir letras escritas no plural... pois se quer celebrar comunitariamente... ‘Nós cantamos com alegria’... ‘Ofertamos, Senhor, pão e vinho’... ‘Cantai (vós) ao Senhor’... 

·Observar silêncio durante a Consagração e após a Comunhão; É importante oferecer esses momentos de silêncio ao povo que ora, reza, interioriza... Nas Missas com transmissão via Rádio ou TV... não se pode fazer momentos muito grandes de silêncio... nesses casos, cada caso é um caso... recomenda-se bom senso.

-Utilizar, de preferência, quando se canta andando, em procissões e/ou momentos similares, o ritmo balada, toada, marcha... isto é, cantos que ajudem a dar ritmo calmo e orante durante a caminhada...

Atenção: Quando a missa é para toda a comunidade, não existe a ‘missa do movimento X ou do setor pastoral Y ou Z’ que está coordenando ou ‘puxando’ os cantos... o que existe é a ‘missa com o movimento X ou com o setor Y ou Z’. Mesmo que um setor e/ou um movimento tenha preparado a celebração... é necessário fazer sempre em comunhão com toda a comunidade, para que essa possa junto cantar... os cantos devem ser de conhecimento de toda a comunidade e essa mesma comunidade toda deve poder participar. Entretanto, se houver uma Missa específica para um movimento e/ou um setor de pastoral, de conhecimento da comunidade, nestes casos podem ser cantadas algumas canções mais identificadas com o setor e/ou com o movimento que celebra, mas sempre em caráter de exceção.

Há dois grupos de cantos litúrgicos: os que são o rito e os que acompanham o rito. 
*Os que são o Rito: Esses cantos são os mais importantes; é quando o rito é cantado; nestes casos sempre se canta o canto até o fim e o texto precisa ser o mais fiel possível com o texto que é rezado. Integram o rito de uma Missa: Ato penitencial, Glória, Salmo responsorial, Creio, Santos, Pai-Nosso, Canto de louvor.
 *Os que acompanham o Rito: Esses cantos duram enquanto durar o rito ao qual eles servem. São eles: entrada, entrada da bíblia, aclamação, procissão das ofertas, comunhão e de envio e ainda outros durante bênçãos, aspersões... 

* Algumas observações pertinentes:
- É importante, em respeito aos compositores, quando forem elaboradas fichas de cantos, indicar o nome dos autores.

- Os cantores, os ‘ensaiadores’, os ‘puxadores’ de canto, compositores e instrumentistas são Ministros do Canto. Portanto: tenha-se uma postura adequada; não chamem a atenção pela extravagância dos gestos, do falatório, das roupas, enfim, do comportamento enquanto a comunidade reza. Os animadores do canto também precisam rezar, não podem ser apenas ‘profissionais’ que vão lá só para ‘fazer um show’, ‘fazer um som manero’, enquanto os demais rezam.

-Lembrar sempre que o mais importante é o ambiente ‘orante’ que se quer e precisa ser criado em cada celebração. Portanto, tudo o que contribuir para que isso aconteça, seja bem-vindo, o que atrapalhar que seja evitado.

 *Ah!, E aquele canto para Nossa Senhora ou para o Padroeiro que ‘precisa’ ser cantado sempre no final da missa... Esses cantos serão cantados nas ocasiões próprias, isto é, nas datas daquele padroeiro; para Nossa Senhora existem várias festividades; nestas datas, tudo bem que se cante... mas, nas demais ocasiões, que a comunidade se reacostume a cantar a liturgia própria do dia.

* ”Antes da missa pode haver música instrumental ou cantada, ao vivo ou gravada, para criar clima de oração e de recolhimento e formar uma atmosfera de acordo com o espírito da celebração que vai se iniciar. É também muito útil tocar uma gravação, ou mesmo nos instrumentos, a melodia dos cantos a serem ensaiados e cantados na missa; esse recurso facilita o ensaio e a aprendizagem” (Doc. CNBB nº 12, p.7).

*Música ambiente: quando as Igrejas permanecem abertas, além do horário das suas Celebrações, para o público poder rezar e/ou para visitação de turistas, essa atitude ‘pega muito bem’. A experiência tem demonstrado que a presença da música sacra no ambiente faz bem a quem visita uma Igreja, mesmo que turista. A música ambiente pode inspirar, sugerir e/ou levar as pessoas a momentos bonitos de oração, de interiorização, de contemplação.


V.     Momentos da Celebração e a Identidade desses Cantos 

São apresentadas algumas considerações e/ou sugestões sobre a identidade dos cantos para cada um dos momentos que integram uma Celebração Eucarística: 

·Canto de entrada: Ser alegre, vibrante, que fale em acolhida. Não dura muito mais que do que a Procissão de Entrada. De preferência, todos cantam.

·Ato Penitencial: Texto integral, ou, no mínimo, deve conter os dizeres ‘Senhor tende piedade de nós, Cristo, tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós’. Para pedir perdão, é conveniente adotar uma atitude de serenidade e de arrependimento; o ritmo da música deve ser calmo, solene, lento, de preferência música em tons menores. Pode ser executado por solista(s) com intercalações pelo povo.

-Glória: Trata-se de um dos mais alegres cantos da Celebração. Seja o texto o mais integral possível. Todos os instrumentos são bem-vindos. Pode ser cantado por todos, ou alternado: coro-assembléia, ou, em ocasiões especiais, cantado por coral.

·Entrada da Bíblia: Participação livre: solo, coral, povo, dança...

·Salmo responsorial: É resposta do povo à leitura bíblica recém ouvida. Deve ser, necessariamente, salmo. Não é qualquer canto de meditação. É salmo porque esse momento faz parte da liturgia da palavra, assim como as leituras. De preferência solista(s) canta(m), intercalando com o povo ou coral.

-Procissão das ofertas: O ritual das oferendas perdeu a sua rigidez, tornando-se um dos momentos mais livres da celebração. De acordo com cada ocasião, pode-se escolher o canto que mais vai se adequar. Pode falar no pão e no vinho; pode falar das ofertas naquele momento trazidas. Pode ser acompanhado por uma dança ou coreografia...

·Sobre os gestos: Sempre que houver a sugestão de gestos específicos em momentos de uma Celebração, o povo deve estar livre para fazê-los, se quiser. Não fica bem forçar: ’todos com os braços assim’. Deve ser respeitada a índole de cada um, para que todos se sintam bem à vontade.

·Santo: O mais vibrante canto da Celebração. A letra deve ser integral e/ou o mais próximo possível do texto do rito. Sua execução pode ser acompanhada com todos os instrumentos possíveis. De preferência que todo o povo cante.

·Pai nosso: Para valer pela oração, a letra deve ser igual ao texto original. Quando cantado, é sempre cantado por todos. Sugere-se rezar (ou cantar) também o seu final ‘pois vosso é o reino, o poder e a glória, para sempre’.

·Abraço da paz: Cuidar para não mandar o povo fazer duas coisas ao mesmo tempo: saudar os irmãos de Celebração e cantar. Ou se fala, ou se canta. Se for cantar, fazer o anúncio do canto quando o povo está terminando de se cumprimentar.

·Cordeiro de Deus: Cantar uma melodia não muito rápida, com a letra integral ou uma letra o mais próxima possível do texto integral.

·Comunhão: Letras em sintonia com o Evangelho e/ou que falem do Corpo e Sangue de Cristo, no seu sacrifício pela salvação do povo. De preferência, utilizar canção orante. Enquanto o povo se movimenta para e/ou na ‘fila’ da Comunhão, pode-se utilizar de um solo instrumental, ou um grupo canta e em seguida entoar canções que o povo possa cantar, toda e/ou em parte/refrão, sem a necessidade de portarem um livro ou folheto em suas mãos. No momento do pós-comunhão, respeitar algum momento de silêncio... pode-se cantar ainda outras canções. Sempre respeitando ‘o espírito’ que pensado provocar em cada Celebração. Pode-se intercalar o canto com prelúdio (solo instrumental no início), interlúdio (solo instrumental no meio da canção) e pós-lúdio (solo instrumental no fim).

·Compromisso final e Envio: A canção final deve ter e/ou criar um clima positivo, animado, e a letra deve motivar a comunidade para os desafios da semana. Pode, portanto, constituir-se num incentivo que encoraje as pessoas em sua caminhada, que ligue o evangelho à vida. Que seja cantado sempre antes do ‘Ide em paz’, porque após perde o sentido, uma vez que a assembléia já foi dispensada. Entretanto, logo após o ‘Ide em paz’, os animadores do canto podem ainda cantar algum canto, mas sem convidar a assembléia para isso. Uma música instrumental também pega bem neste momento.


Aprender a respeitar o caráter diferenciado de cada uma das celebrações e aprender a respeitar para quem ela é preparada é uma grande sabedoria.

       Texto construído a partir da Lumen Gentium, da Sacrosantum Concilium, de  
        Documentos da CNBB e de subsídio elaborado por Joel Franz.


Campo Bom, 27 de novembro de 2012.
                                                                                 José Wilson Schlickmann
                                                                                Coord. CODIMUSA NH


Tópicos para reflexão no Encontro de Esteio Novo em 01-12-2012

Roteiro das considerações:

01.  Auto-apresentação e motivação para ali estar

02.  Por que aqui estamos? Quem somos? Nós irmãos e o povo ... quem é o ser humano ...

03. Dimensões constitutivas do ser humano: húmus manas... somos resultado da terra e à terra voltaremos  ... um prato de comida ...
            03.01 – dimensão corpo                   exercícios físicos
            03.02 – dimensão psique                       exercícios mentais
            03.03 – dimensão espiritual                     exercícios espirituais ...
            Dimensões relacionais:             ... como cuidar, cultivar ... como exercitar-se
            03.01 – relação com as coisas  ... relações com as coisas ... de utilidade
            03.02 – relação com os outros  ...      “         com o outro de intersubjetividade
            03.03 – relação com o transcendente ... relações de transcendência

04. Dimensão espiritual – é a dimensão do sentido da vida, das relações ... o que anima as pessoas a agirem de um ou outro jeito? É a qualidade do seu espírito... se de vingança, se de perdão, se de compreensão, se de solidariedade...

05. Valores – são valores para quem os valora ... o que é sagrado ... o almoço da família uma vez por mês ... pode ser algo sagrado ...

06. Qual é o sagrado que une os cristãos? ... Cristo, sua vida, mensagem, testemunho, sua memória, a Eucaristia ...

07. Ser cristão é qualificar o seu espírito pelo espírito de Jesus... isto é, o mesmo espírito que animava Jesus a ser do jeito que era é o espírito necessário para ser um discípulo seu ...

08. Religião é uma forma de relação, de diálogo com o transcendente absoluto, ... um é o grande espírito que une o grupo ... os cristãos ...

09. Para um grupo se reunir, viver o mesmo espírito, dedicar-se à mesma causa são necessárias normas, combinações, coisas em comum ...  um grupo de esportes, de dança, de teatro, de canto, de oração

10. As celebrações dos grupos obedecem a um rito ... um aniversário de criança, de jovem, de adulto ... o festa pelo título de uma torcida, a festa em homenagem à padroeira de uma comunidade... a reunião de um clube de cultura obedece a um ritual,  a festa de aniversário obedece a um ritual... a reunião dos cristãos em torno do Mestre Jesus também obedece a um ritual ... e esse ritual é próprio e específico só desse rito... isto é, possui um conjunto de características que as pessoas identificam como sendo isso ou aquilo... de longe se percebe se as pessoas estão fazendo um festa de aniversário ou não ... pelo canto do parabéns a você ..., pelos ‘comes e bebes’, etc... ?como percebem que as pessoas estão Celebrando a Eucaristia ??? ...

11. O que é liturgia ... o que é um rito, um ritual ... após o dilúvio foi oferecido um sacrifício, quando descobriram o Brasil celebraram uma Missa, quando inauguramos um novo lugar para a comunidade rezar rezamos uma Missa ... Missa festiva da padroeira Aparecida tem um ritual diferente das Missas do dia a dia de uma comunidade...

12. A primeira Missa ... a Santa Ceia de Jesus com seus discípulos ... tinha todo esse ritual que hoje utilizamos e que às vezes até chegamos a condenar nossos irmãos???  Será que Jesus estava preocupado em cantar esse ou aquele canto, em rezar desse ou daquele jeito? ... entretanto para construir unidade se pensou em algumas coisas que seriam importantes que se observasse ... mas foram criados por nós humanos, não exigências de Jesus ... o que quero dizer com isso é que é importante que se tenham normas, rituais, orações comuns a todos, mas elas não podem ser maiores que a mensagem de Jesus, que o espírito necessário para se encontrar com Jesus na Eucaristia,  ... o conjunto da celebração deve fazer bem ao coração, à alma, ao espírito das pessoas que juntas celebram ...

13.  Ir para anotações do texto ‘O canto e a música nas Celebrações’

14. Ir para os textos de e-mail ... o que dizem sobre o Advento ... e o que se quer celebrar ... esses textos falam por nós ... concordamos com eles??? ...  

                                                          Autor: José Wilson Schlickmann

sábado, 17 de novembro de 2012

Irmãos Schlickmann no Santuário Pe Reus e Notícia

Novamente participamos de Celebrações no Santuário Pe Reus
                       Domingo de 04 de novembro de 2012
 

É sempre muito bom participar das Celebrações neste Santuário.

As pessoas se sentem bem rezando e cantando aqui,
além de poderem 'curtir' o entorno do Santuário.


A notícia muito boa é que estamos finalizando nosso 3º CD ...


 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Irmãos no Festival de Coros da Tramontina

O 'Caminho do Trem Restaurante', em Farroupilha, é um lugar muito bom como restaurante e, ao mesmo tempo, possui um espaço excelente para apresentações artístico-culturais.
Na noite de 22 de setembro aconteceu um Festival de Coros promovido pela Empresa Tramontina.


Nós, Irmãos Schlickmann,  fomos agraciados com o convite para participar dessa noite de muitos cantos, muita alegria e confraternização ...


Após as apresentações houve espaço para cantar e confraternizar da forma mais descontraída possível ...Apresentamos, informalmente, algumas canções do nosso 3º CD que está sendo produzido ...






Agradecemos pelo carinho e pela acolhida que tivemos na Serra Gaucha ...


Somos gratos aos amigos da Tramontina, principalmente ao Sr Lourival, à Deonice e à Andréia ... e muitas flores da cor do vinho para todos ... abraços ... Wilson

sábado, 22 de setembro de 2012

Paróquia Santa Teresinha em festa da Padroeira


A Paróquia Santa Teresinha
de Campo Bom
 celebra a sua Padroeira durante toda esta semana
e culmina
com a grande festa
no próximo domingo,
dia 30 de setembro ...
                                                       Nós Irmãos Schlickmann, estivemos ontem à noite
cantando na celebração de abertura destes festejos em homenagem à Padroeira.
Tivemos a oportunidade de apresentar três das novas canções que integram nosso próximo
 CD que deverá estar pronto
 até dezembro deste ano.

Hoje à noite estaremos
particiando de um
Festival de Canto
promovido pela empresa
Tramontina de Farroupílha ...


Para você um grande abraço, um bom domingo e muitas flores 

                                               

sábado, 15 de setembro de 2012

3º CD em produção



Estamos muito felizes com o 3º CD que está sendo produzido.
Esse nosso novo CD contém 14 canções inéditas ... deverá chegar ao mercado em novembro deste ano.

Para conhecer todo nosso trabalho acesse as postagens anteriores.

Na gravação desse CD contamos com a participação do nosso irmão Guido, que é professor na Foz do Iguaçú ... foi muito bom poder contar com ele. 


Deus é muito pródigo e rico 
em suas manifestações ... 

Quantas vezes passamos ao lado de tantas belezas da criação e não nos damos conta, não vemos ... 


Quantas pessoas lindas, queridas, maravilhosas em suas experiências de vida ... e a gente não as vê ... elas estão ao nosso lado, passam por nós e não as vemos ...